MPF investiga falas de André Valadão durante culto; pastor afirmou que, se pudesse, Deus mataria a comunidade LGBTQIA+

O Ministério Público Federal (MPF) no Acre informou, nesta terça-feira (4), que abriu um procedimento para investigar as falas do pastor André Valadão durante culto transmitido pelas redes sociais da Igreja Batista da Lagoinha, no último domingo (2). De acordo com o órgão, a investigação vai apurar a prática de homofobia.

No trecho questionado da pregação, André Valadão fala sobre “valores cristãos” e condena o casamento homoafetivo. Ele associou as paradas LGBTQIAPN+ à pedofilia e incentivou a morte da comunidade. “Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a bíblia já condena. Então, agora é hora de tomar as cordas de volta, dizendo não, não, não. Pode parar, reseta. E Deus fala: ‘Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava todo mundo e começava tudo de novo. mas já prometi a mim mesmo que não posso, então agora está com vocês’. Vou falar de novo: está com vocês”, afirmou.

Após as declarações, André Valadão disse em um vídeo postado nas redes sociais, que estava “pregando a palavra de Deus”. Segundo ele, suas falas estão no contexto do texto bíblico do livro de Gênesis, que cita a destruição da humanidade no dilúvio. Ao citar a palavra “resetar”, Valadão afirmou que se referiu a “levar à humanidade de volta para Deus”.

Em uma postagem no Instagram realizada no dia seis de junho, que visava promover o culto em questão, o pastor já havia expressado uma visão homofóbica em relação à comunidade LGBTQIAPN+. Valadão usou o termo “orgulho” de forma colorida com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade, afirmando que “Deus abomina o orgulho”.

Metro1


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