O governo federal prepara uma medida provisória (MP) que reduzirá a carga tributária das indústrias do setor automotivo com o objetivo de baratear o preço dos carros populares em até 10,79%. A expectativa é que o preço mais baixo dos veículos populares, atualmente em torno de R$ 70 mil, baixe para aproximadamente R$ 60 mil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na manhã desta quinta-feira (25/5), com empresários e entidades do setor automobilístico, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estavam presentes na conversa sobre como baratear o carro popular e reaquecer as vendas no setor.
Alckmin falou com a imprensa após a reunião e disse que impostos como IPI, PIS e Cofins serão reduzidos para montadoras tendo como critérios para os maiores descontos eficiência energética e índice de produção nacional de peças e acessórios. “Quanto mais barato o carro, maior o desconto. Quanto menos poluir, também maior o desconto. E se produzir mais partes do carro no Brasil, também será mais incentivado”, disse o vice-presidente, que também é ministro da Indústria.
“O Ministério da Fazenda pediu 15 dias para avaliar como fazer esse incentivo. Depois, devemos publicar a MP”, completou Alckmin.
Os descontos em impostos vão valer para carros que custam até R$ 120 mil para o consumidor e vão incluir veículos em estoque no pátio das montadoras e para aqueles que forem produzidos a partir da publicação da MP. O maior desconto, para os que atingirem mais critérios definidos pelo governo, será de 10,7% e, o menor, de 1,5%.
Um dos detalhes em debate é por quanto tempo as montadoras terão esse incentivo fiscal: se por um ano ou dois anos.
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