O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu que é necessário “disciplina das contas públicas” em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal nesta terça-feira (25). O tema da discussão era a alta taxa de juros, que é alvo de críticas do governo Lula (PT) A audiência foi requerida pelo presidente da CAE, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que justificou o encontro pelas críticas da atual equipe econômica do governo federal à taxa básica de juros (Selic), que é de 13,75% desde setembro de 2022 e considerada elevada em meio a desaceleração da atividade econômica e aumento da inadimplência no país.
Para Campos Neto, a inadimplência é uma das justificativas do crescimento da taxa de juros, além da baixa taxa de poupança, da dívida bruta acima da média, da “percepção de risco” e “alta proporção de crédito direcionado” — em vez de crédito geral, a partir do mercado de capitais.
O presidente do Banco Central, que foi nomeado no governo Bolsonaro (PL), também negou viés político na definição da taxa Selic. “O Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir, entendeu antes de grande parte dos outros países, mas fez uma subida muito grande no ano eleitoral”, afirmou o gestor.
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