Porque o domínio do dólar continua

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Em toda capital brasileira é possível vender e comprar dólares, e o mesmo se aplica à maioria dos países.

Quando a economia dos Estados Unidos está pujante, as pessoas compram dólar. Elas também o fazem quando a atividade econômica dos EUA está em baixa, porque sinaliza aumento na taxa de juros – tornando a renda fixa em dólares atraente.

Além disso, o dólar é o porto seguro do mercado financeiro global em momentos de crise aguda.

A moeda americana é a divisa de reserva do planeta desde o final da Segunda Guerra Mundial. Contribui para essa confiança a estabilidade política e institucional dos Estados Unidos.

A economia dos EUA é a maior do mundo há mais de um século e aproximadamente 60% das reservas internacionais dos países está em dólar. O euro é o segundo colocado, com menos de 20%.

O comércio internacional de energia e alimentos é majoritariamente realizado em dólares. Sua liquidez é muito elevada, sendo fácil comprar e vender dólares.

Domínio do Dólar

Por quase um século o dólar é a moeda dominante no mercado mundial. Em 1944, o Acordo de Bretton Woods definiu a divisa como a moeda de reserva global. A partir daquele ano, o dólar passou a ser conversível por ouro a uma taxa fixa.

Na década de 1970 foi criado o sistema petrodólar entre os EUA e a Arábia Saudita, levando o comércio mundial de energia a ser realizado em dólar.

Fraquejo

Quando os Estados Unidos eliminaram a convertibilidade entre dólar e ouro em 1971, a divisa passou por uma significativa desvalorização.

Também enfraqueceu o dólar o estouro da bolha “ponto com” no ano 2000, em que as ações do setor de tecnologia afundaram. Em seguida, cortes na taxa de juros foram realizados para aquecer a economia, contribuindo para a recuperação do dólar.

Em 2008, a crise financeira global iniciada nos Estados Unidos acirrou a derrocada do dólar. Inicialmente, a moeda chegou a valorizar devido à sua característica de porto seguro, mas logo passou a cair.

Os Limites do Euro

O euro foi introduzido em 1999 e muitos esperavam que se tornasse rival do dólar. Como visto, a fatia do euro nas reservas internacionais mundiais não chega a 20%, equivalendo a aproximadamente um terço da representatividade do dólar.

Um grande desafio enfrentado pela moeda comum europeia é a falta de coesão da política fiscal dos países-membro. Além disso, a política monetária unificada nem sempre agrada a todos.

A Força da China

A China deseja que sua moeda substitua o dólar no cenário internacional. Além de conseguir convencer parceiros comerciais a aceitarem o renminbi, a China já mantém menos dólares em reserva comparado a anos anteriores.

Há mais de uma década a China possui a segunda maior economia do mundo. O risco de intervenção estatal no mercado chinês e a falta de transparência ainda são barreiras consideráveis à ambição cambial daquele país.

Em resumo, quanto mais pessoas e empresas usam determinada moeda, mais valiosa ela se torna. Quando a utilização é menor, o valor tende a cair.


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