Enquanto as receitas provenientes da cacauicultra de Ipiaú caem a cada ano, e portanto, perdem expressão na nossa economia (5% do PIB municipal), na contramão, as receitas públicas municipais, advindas, em especial, do Governo Federal, só crescem; quando e onde a economia de Ipiaú torna-se cada vez mais dependente financeiramente do: INSS, FPM, Fundeb, Bolsa Família…
Com uma Câmara de Vereadores tomadas em grande parte (não todos), por “representantes do povo”, incautos, populistas, que tem como expressão característica atuarem como uma espécie de fura-fila dos seus eleitores mais chegados, na preferência do atendimento e/ou acolhimento dos serviços públicos;
com edis cada vez mais despreparados: técnico, político-institucional e economicamente… Sem conseguirem propor, um debate amplo, desenvolvimentista, capaz de estabelecer e implantar na forma da lei, políticas públicas institucionais perenes, de Estado, e não de governos, agravado pelo fato de todos os últimos prefeitos terem atuado muito mais como bombeiro do que construtores desenvolvimentistas, na filosofia do – “Deixa a vida me levar”. Ou, “deixa como está, para ver como fica”. E ainda: “pior, se fosse pior…”
Ou seja, sem um Plano de Saneamento Básico, Plano Diretor Urbano Estratégico, Plano de Mobilidade, Plano de Macrodrenagem…
Consequentemente, a cada ano que passa, a economia real de Ipiaú, tem se transformado numa carreta velha, tipo FNM, enferrujada, sem motor e/ou freios, rebocada pelo fusca mágico, federal, do palhaço Cascatinha.
Para deixar claro a hipótese aos leitores… coletamos os dados declarados pelo próprio município, aos órgãos de controle, e os atualizamos pelo IPCA (índice oficial de inflação medida pelo IBGE), e chegamos ao somatório de R$ 1.242.947.095 um bilhão e duzentos e quarenta e dois milhões e novecentos e quarenta e sete mil e noventa e cinco reais, para os anos 2017 a 2022 (com base nos dados declarados ao TCM-BA) e projetamos pela inflação esperada, para 2023 e 2024, as receitas correspondentes, aos governos: Maria I e Maria II.
DISPUTAS ELEITORAIS MUNICIPAIS 2024:
Com base na projeção estimada das receitas municipais para o município de Ipiaú, em disputa pelos grupos organizados, da política “local”, considerando a manutenção das condições socioeconômico-política, ceteris paribus, chegamos ao somatório de R$ 1 bilhão e 25 milhões (valor corrigido pela inflação esperada pela redação) esse deverá ser o orçamento do próximo governo municipal em disputa, em Ipiaú-BA, nas eleições 2024, para o exercício 2025-2028.
Conforme consta nos relatórios gerenciais de controle do TCM-BA, a prefeitura de Ipiaú, de fato aplicou na medição e pagamento da dita – Enxurrada de Obras – apenas 1% das receitas correntes daquele ano (2022).
Tendo em vista o perfil dos referidos grupos e seus asseclas, cremos que a briga será de cachorro grande, com direito a peripécias, malabarismos e pirotecnia. Haja vista, o nível de represamento financeiro e execução de pagamentos dos contratos ativos.
Em tempo, sugerimos aos mais astutos, assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar e apoio adicional à leitura.
Nota:
As opiniões e valores expressos nos vídeos a seguir, são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores. Todos os vídeos são públicos e estão disponíveis na plataforma do YouTube;
Elson Andrade – É arquiteto, urbanista, empresário e pós graduado pelo Instituto de Economia da Unicamp
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