A gestora cultural, cantora e compositora baiana Margareth Menezes aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deverá assumir o novo Ministério da Cultura (MinC), a ser recriado na futura gestão.
Conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (9), o aceite foi permeado de emoção, mas o nome da fundadora do Movimento Afropop enfrenta certa resistência no setor cultural e em alas do Partido dos Trabalhadores.
A sugestão para que Margareth fosse convidada para a pasta teria partido de Rosângela Silva, a Janja, esposa de Lula. Outros nomes chegaram a ser cotados, como a atriz Marieta Severo, o rapper Emicida, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e o ex-ministro Juca Ferreira (PT).
Nascida e criada em Salvador, a artista compõe o grupo de transição da Cultura, para o qual foi convidada depois de criticar a ausência de negros entre os responsáveis por avaliar o setor na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula já havia demonstrado, após a vitória nas urnas, que queria repetir o efeito da nomeação de Gilberto Gil como titular do MinC na sua primeira passagem pelo Palácio do Planalto.
Críticos à nomeação de “Maga” – como é conhecida popularmente pelos fãs – temem pela sua falta de experiência como gestora pública, apesar da expertise na condução da Associação Fábrica Cultural e do Mercado Iaô, na capital baiana.
De acordo com a publicação, devido a oposição crescente de agentes culturais, a cantora decidiu se reunir em um jantar, na noite de hoje, com amigos do campo da arte e da cultura para se informar melhor sobre o que pode enfrentar na estrutura administrativa do ministério.
Procurada pelo Bahia Notícias, a assessoria de imprensa de Margareth Menezes confirmou que ela foi mesmo convidada para assumir a cadeira, mas não deu nenhuma informação sobre o aceite. “É o que temos como posicionamento”, afirmou a equipe.
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