Elson Andrade fala de Economia: Vaza plano econômico dos marcianos

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Em época de eleição, a desconfiança e a sensibilidade política ficam à flor da pele, e costumam captar mais e melhor, os sinais de comunicação em trânsito, invisíveis… Foi numa dessas, que conversas teriam sido interceptadas, revelando um verdadeiro plano diabólico dos marcianos, para se produzirem e apropriarem da riqueza gerada na terra (da maioria, para somente por alguns).

Senão, vejamos:

– Na era do dinheiro, é muito difícil explicar para um terráqueo mediano comum, de modo que ele perceba a distinção entre: Papel Moeda e Dinheiro Escritural. Daí, é só misturar ambos numa “mesma” panela, que eles (os terráqueos medianos de mais de dois pés) se confundirão, e, se algum deles levantar a questão… contratamos reacionários economistas litúrgicos da mídia, de plantão, deputado do centrão, ou até mesmo, reforçando as velhas teorias econômico-financeiras implantadas nas mercenárias faculdades e “cérebros” dos terráqueos, via falsos economistas, estudantes, medianos de mais de dois pés.

– Antes, na Era do Escambo (troca direta de uma mercadoria por outra) seria difícil se apropriar do trabalho intrínseco na mercadoria, pois, tudo estava muito explícito na própria forma e materialidade do bem e/ou esforço produzidos.

– Na Era do dinheiro, o valor real da mercadoria-trabalho, se confunde, e, se perde com a sua representação: O dinheiro na forma de Papel Moeda.

– O fato do Papel Moeda substituir qualquer mercadoria-trabalho, agravado pelo monopólio dum único agente emissor desta suposta substituta incondicional da “mercadoria” fungível, (o Estado) cria uma situação de flagrante sequestro de propriedade alheia, através da emissão sem trabalho da representante e não, de outro trabalho real equivalente. Isso, via algo ainda visível como é o falsário Papel Moeda. Agora imagine o assalto, via Dinheiro Escritural?

– E o que é mesmo Dinheiro Escritural?

– Dinheiro Escritural não se confunde com o Papel Moeda. Em uma simples comparação, poder-se-ia comparar, com as cartas do baralho sendo o Papel Moeda. E o Dinheiro Escritural, os pontos anotados na caderneta da jogatina central, do Brasil S/A., que é quem por fim e ao cabo, controla o jogo. Lembrar, que não existe em quantidade e/ou equidade, entre a quantidade de cartas e o somatório dos pontos dum campeonato de baralho!

– Imagine o risco, se todos concordarem que os pontos registrados dos jogos, anotados na tal cadernetinha, (BCB) passem a valer como moeda corrente?

– E se alguém, em vez de entrar no jogo em disputa pra valer… assumir o controle das anotações na tal caderneta de pontos e ficar só anotando a favor do seu grupinho, falsa pontuação?

– Esse grupinho malandro e sorrateiro, seria o mais rico e poderoso de todos, de todos os tempos. Você não acha?

– Para aqueles que se apoiam na história verdadeira e tácita… certamente sabem dos fundamentos reativos, aos quais se debruçou Luca Pacioli, em 1494, a pedido do Papa, quando firmou as regras substanciais da contabilidade, em sua famosa Summa de Arithmetica, definindo as tais Partidas Dobradas: Para todo destino, tem que se provar uma origem. Para todo débito, há de haver um crédito! (não necessariamente, trabalhado).

– Tudo parecia estar equacionado. Porém, para os malandros peraltas, que veem trilha fácil em fuga de tudo que lhe gere esforço em trabalho real… Logo, ajustou a máquina para registrar falsamente o representante do papel Moeda, o próprio Dinheiro Escritural.

– Assim, tornando-o o fungível, em algo similar (quase “igual”). Daí, é pois, como um irmão gêmeo que faz a prova do outro, sem ter estudado e entendido a matéria. Pronto. Foi criado o sistema bancário capaz da emissão da “Moeda” Escritural.

– Opa! Agora a pouco, dois parágrafos acima, o termo não é: Dinheiro Escritural?

– Isso mesmo! Trata-se da arte de explicar confundindo, tal qual esse imbróglio e sistema financeiro o é.

– Em suma, para um rei para ter uma vida boa, perdulária, sem ter que trabalhar, precisa no mínimo de:

a) Território;

b) Exército;

c) Moeda de Curso Forçado, aceita por todos os súditos e quiçá, pelo estrangeiro;

d) Uma ideologia confortante. Seja ela religiosa e/ou política, que consiga lançar-adiar as respostas substanciais do óbvio, injusto, para o futuro do pretérito…

– Um governo tem ao menos três formas de conseguir “dinheiro”:

a) Cobrando impostos, na mesma moeda aceita na comercialização das mercadorias-trabalho;

b) Imprimindo mias e mais Papel Moeda, na calada da noite; e

c) Tomando dinheiro emprestado de quem tenha fonte inesgotável de criação do dinheiro escritural, conversível ocasionalmente em Papel Moeda (não no todo) porém, capaz de sequestrar, ocasionalmente, o esforço e/ou trabalho real, fruto das mercadorias-trabalho;

d) Daí, usar o dinheiro dos impostos para saldar o empréstimo… não cabe agora explicação fácil do sistema montado pelos amigos do rei.

Para os mais astutos, sugiro assistirem ao vídeo abaixo:

Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós-graduado Instituto de Economia da Unicamp.


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