A primeira pesquisa Genial/Quaest após a votação do primeiro turno, divulgada nesta quinta (6), mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 48% das intenções de votos totais no segundo turno, contra 41% de Jair Bolsonaro (PL).
Os indecisos ainda são 7% e os que pretendem votar em branco, nulo ou não votar somam 4%, segundo o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.
No Sudeste, há empate técnico: 44% (Bolsonaro) a 43% (Lula) dos votos totais. O petista lidera com folga no Nordeste (62%), contra 29% de Bolsonaro.
Contando apenas os votos válidos, que excluem os brancos e nulos e são usados pela Justiça Eleitoral para totalizar o resultado das eleições, Lula tem 54% e o atual mandatário, 46%.
A porcentagem de eleitores decididos é numericamente maior entre os que dizem escolher Bolsonaro (94%) do que Lula (92%), mas, considerando a margem de erro, os dois índices estão tecnicamente empatados.
A pesquisa da Quaest, empresa de consultoria e pesquisa, ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de segunda (3) até a noite desta quarta (5). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-07940/2022.
Entre os que votaram em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, 39% pretendem votar em Lula e 26%, em Bolsonaro. Já entre os que escolheram Simone Tebet (MDB), 34% pretendem votar no presidente e 25%, no petista.
O levantamento mostra ainda que 50% acreditam que o atual mandatário merece uma segunda chance. Ao mesmo tempo, 51% pensam o mesmo sobre o ex-presidente.
A porcentagem dos que dizem não votar em Lula de jeito nenhum ficou em 41%, contra 50% em Bolsonaro.
O segundo turno da eleição será realizado no próximo dia 30. No primeiro turno, no último domingo (2), Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet, ficou com 4,2% e Ciro Gomes, com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.
Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas Gerais e em quatro estados do Norte. Bolsonaro ficou à frente no Sul e no Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.
Os dias seguintes à primeira votação foram marcados por declarações de apoio de líderes políticos pelo país aos dois presidenciáveis. Lula recebeu a adesão do PDT de Ciro Gomes e de Tebet, além de tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP).
Já Bolsonaro obteve o apoio do governador reeleito de Minas, Romeu Zema (Novo), do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), eleito senador pelo Paraná, e do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que foi derrotado no primeiro turno.
O PSDB e o MDB formalmente liberaram os filiados quanto ao apoio no segundo turno. Tucanos como João Doria e a senadora Mara Gabrilli (SP) já disseram que não vão se posicionar.
Ministros do governo Jair Bolsonaro, aliados no Congresso e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o resultado da eleição divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na terça (4), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou ter encaminhado à Polícia Federal pedido para abrir inquérito sobre os institutos.
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