Uma mulher de 63 anos de idade foi resgatada por auditores-fiscais do Trabalho em condições análogas à escravidão na cidade de Nova Era, na região central de Minas Gerais. A mulher trabalhou por 32 anos para uma mesma família sem receber salários ou benefícios e sem folgas nos fins de semana, além de ter a aposentadoria pelo INSS retida pelos patrões.
A vítima foi resgatada numa operação conjunta dos auditores-fiscais com o Ministério Público do Trabalho e foi possível graças a uma denúncia anônima feita em fevereiro deste ano ao MPT.
Ela não tinha jornada fixa de trabalho e ainda tinha que trabalhar em duas casas no mesmo lote, atuando, além dos trabalhos domésticos, como cuidadora de dois idosos.
A identidade da vítima resgatada em Nova Era, cidade com menos de 20 mil habitantes na região central de Minas, não foi divulgada pelas autoridades.
Ela foi entregue aos cuidados de sua família e encaminhada para acompanhamento pela assistência social do município.
Trabalho sem pagamento, em condições degradantes e em jornada excessiva pode ser considerado a versão contemporânea da escravidão. Quem desconfiar que alguém pode estar sendo vítima desse crime pode fazer uma denúncia anônima pelo Sistema Ipê, do governo federal. Não é preciso se identificar, mas é importante repassar o maior número possível de informações sobre a vítima, possibilitando uma ação de fiscalização.
Bnews
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