Muito pressionada e criticada, a Petrobras discute com o governo federal a possibilidade de redução do preço dos combustíveis, especialmente o da gasolina, de acordo com integrantes da gestão Jair Bolsonaro e membros da empresa. As informações são do jornal O Globo.
A possibilidade é discutida três semanas depois de Paes de Andrade assumir a presidência da estatal por indicicação do presidente Jair Bolsonaro (PL), que em ano eleitoral aumentou a sua cruzada e críticas contra a Petrobras diante dos constantes aumentos nos valores dos combustíveis no país.
A possibilidade existe diante da queda acentuada do preço do barril de petróleo, que passou a rodar na casa de US$ 100 nos últimos dias, valor muito menor do que o alcançado no início da invasão russa na Ucrânia. Apesar disso, o dólar segue em alta, o que evita grandes reduções diante da política de paridade internacional.
A associação de importadores de combustíveis (Abicom) estima que a gasolina poderia cair até R$ 0,31 por litro para voltar à paridade internacional.
De acordo com a entidade, mesmo com a política de paridade internacional, os preços internos da gasolina estão, em média, 8% maiores que no exterior. O preço do diesel está equiparado.
O último reajuste feito pela Petrobras aconteceu há um mês e gerou reações como ameça de criação de CPI para investigar diretores e aumento da tributação sobre petroleiras. Integrantes do governo e do Congresso cobram mudanças na política interna e na organização da estatal. A oposição critica o governo Bolsonaro e a política de paridade internacional.
Na semana passada, o banco suíço UBS divulgou um relatório a clientes em que afirma que a Petrobras poderá, em breve, reduzir os preços dos combustíveis no Brasil se a tendência de queda do barril de petróleo continuar. “Se os preços (do petróleo) permanecerem nessa tendência, acreditamos que a Petrobras poderá reduzir os preços em breve”, citam os analistas.
A Tarde
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