Os casos de varíola dos macacos, que têm se espalhado pelo mundo nos últimos dias devem chegar ao Brasil em um futuro próximo.
É o que sugerem cientistas brasileiros formaram uma comissão para acompanhar o avanço da doença, já que o maior número de casos visto fora da África sugere uma cadeia de transmissão atípica. As informações são da coluna de Carlos Madeiro, no UOL.
A comissão, nomeada de Câmara Técnica Temporária, é coordenada pela RedeVírus do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações). Sete cientistas vão montar um plano para estruturar a rede de saúde para quando os primeiros casos surgirem no Brasil.
Temos condições de detectar esse vírus. Por enquanto, não temos motivo para pânico”, diz a virologista Giliane Trindade, que faz parte do grupo.
“A gente está vendo o perfil de disseminação desse vírus por países da Europa, já chegou aos Estados Unidos, ao Canadá, em Israel. Então existe um risco iminente da entrada dele no Brasil”, acrescenta a cientista, que é professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e especialista em poxvirus (tipo de vírus que, em vertebrados, causa erupções cutâneas).
A varíola do macaco, ou “ortopoxvirosis simia”, é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.
A varíola do macaco, ou “ortopoxvirosis simia”, é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.
Esta doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. Desde 1970, foram registrados casos humanos de “ortopoxvirosis simia” em 10 países africanos. No início de 2003, também foram confirmados casos nos Estados Unidos, os primeiros fora do continente africano.
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