O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, recebeu nesta segunda-feira (28) a comunicação de que deixará o comando da estatal, informaram aliados do militar à reportagem.
Assessores do Ministério de Minas e Energia também confirmaram a informação.
A demissão do militar ocorre após uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão do mega-aumento dos preços nos combustíveis promovido pela empresa.
Em seu lugar, o mais cotado no momento para assumir é Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
O nome dele, porém, enfrenta resistência em alas do governo.
Luna vinha sofrendo pressão para revisar a alta nos preços após variações na cotação do barril do petróleo. O general foi pressionado publicamente pelo próprio Bolsonaro e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O militar, porém, dizia internamente que as variações eram conjunturais e não estruturais e que não havia chegado a hora de rever o mega-aumento promovido pela empresa.
A demissão de Luna repete o desfecho que teve Roberto Castello Branco, indicado do ministro Paulo Guedes (Economia) para comandar a Petrobras e que foi demitido em fevereiro de 2021.
A exoneração de Castello Branco ocorreu após a companhia anunciar o quarto aumento nos preços de diesel e gasolina naquele ano.
Pesquisa do Datafolha publicada nesta segunda (28) mostrou que a maioria dos brasileiros, 68%, considera que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade pela alta no preço dos combustíveis.
A maioria, 39% declara que a gestão bolsonarista tem muita responsabilidade pelo aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Outros 29% consideram que o governo tem ao menos um pouco de responsabilidade. Na avaliação de 30%, o governo não tem responsabilidade.
BN
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