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Com a recente escalada do preço do petróleo e o IPCA ainda em alta, o preço do litro da gasolina já ultrapassou os R$ 8 em diversos postos.
Apesar de o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro costumarem ter os preços mais elevados, segundo os levantamentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cidades como Guanambi, na Bahia, tiveram o litro da gasolina com preço acima de R$ 8 nesta semana.
O reajuste foi de mais de 13%, dado que, na localidade, a ANP constatou uma mediana no preço da gasolina de R$ 7,19, variando entre R$ 7,108 e 7,259 nos dez postos pesquisados. Já a pesquisa desta semana ainda não foi divulgada, mas os valores chegaram a R$ 8,17.
Da mesma forma, em Bom Jesus da Lapa, os preços beiram R$ 8,20.
Segundo os dados da ANP, em Guanambi, por exemplo, os preços iniciaram o ano em cerca de R$ 6,83. Ou seja, a variação até o preço atual é de cerca de 20%.
Segundo as autoridades, o aumento vem mesmo sem um comunicado da Acelen, que é a companhia responsável pela administração da Refinaria de Mataripe, fornecedora de cerca de 90% dos combustíveis comercializados no país.
A unidade, a primeira do país, foi privatizada pela Petrobras no fim do ano passado e agora é pertencente a um fundo de investimentos de origem árabe.
Em ocasiões anteriores, a companhia rotineiramente enviava comunicados sobre um reajuste.
Vale lembrar que o reajuste se dá em meio a um congelamento de ICMS na venda do combustível.
Segundo os dados do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), os Estados já deixaram de arrecadar R$ 3,4 bilhões desde novembro com o congelamento do imposto.
Conforme as discussões no parlamento e por conta da PECs dos combustíveis, os governadores decidiram, estender o congelamento do ICMS até 31 de março deste ano. Inicialmente, a medida seria encerrada na data original, em 31 de janeiro.
Petrobras (PETR4) tem defasagem do preço da gasolina de 24%
A defasagem entre os preços cobrados pela Petrobras (PETR4) e os das principais bolsas de negociação do mundo chegou a 24%, para a gasolina, e 27%, para o óleo diesel, segundo cálculo do consultor em Gerenciamento de Risco da consultoria Stonex, Pedro Shinzato.
Neste sábado, o barril de petróleo WTI fica cotado a US$ 115, em alta de 6,8%, mesma variação do petróleo Brent, que está cotado a US$ 118.
De acordo com os dados de Shinzato, a Petrobras quer evitar que a alta corroa seu caixa, e portanto tenta recorrer aos estoques que foram comprados dois meses atrás, por valores menores.
Mas o risco é de que a reserva acabe e o abastecimento interno seja afetado. A direção da empresa está discutindo a situação atualmente.
Caso a companhia decida repassar integralmente a alta do petróleo para os seus clientes, o preço do litro da gasolina nos postos pode subir de R$ 6,56 para R$ 7,15 e o do óleo diesel, de R$ 5,65 para R$ 6,64. As altas nas bombas seriam de 9% e 17%, respectivamente, pelas contas de Shinzato. Destes números, algumas desconsiderações foram feitas, como o possível valor de impostos.
Com informações do site SUNO
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