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A pandemia de Covid-19 trouxe consequências econômicas, como a queda no rendimento médio das famílias. É o que mostram os dados da Pnad Contínua 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 19. Na comparação com 2019, os valores diminuíram 3,4%, passando de R$2.292 para R$2.213 em 2020, sendo o maior valor encontrado no Sudeste, com R$2.575, e o menor no Nordeste, com R$1.554, única localidade que não registou queda. A pesquisa também aponta recuo de 4,3% no rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que chegou ao R$1.349, enquanto dos lares que participam de programas sociais subiu 12,2%.
Em contrapartida, o estudo mostra que, no primeiro ano da crise sanitária, os cidadãos que compõem o 1% mais ricos, com valor médio domiciliar per capita de R$15.816, receberam o equivalente a 34,9 vezes o pagamento dos 50% mais pobres, com valor médio de R$453.
O levantamento também aponta aumento na proporção de domicílios recebendo programas sociais, devido ao pagamento do auxílio emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. A taxa média passou de 0,7% para 23,7%, de 2019 para 2020, chegando a atingir 32,2% no Norte e 34% no Nordeste.
Ao mesmo tempo, o número de lares que recebiam o Bolsa Família diminuiu de 14,3% para 7,2%, redução causada pela troca do benefício pelo auxílio emergencial, de valor maior. Ao todo, em 2020, 30,2 milhões recebiam outros rendimentos, como programas sociais, aplicações financeiras, seguro-desemprego, seguro-defeso, enquanto o número de pessoas com rendimento de trabalho caiu de de 92,8 milhões para 84,7 milhões, outra consequência da pandemia.
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