Suspeito de financiar tráfico em aviões da FAB investiu dinheiro na Bahia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Investigado por liderar o tráfico internacional de cocaína usando aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), o empresário Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, de alcunha “Chico Bomba”, teria acumulado milhões com a atividade ilegal e usado o dinheiro do crime para investir na Bahia. Ele está preso há uma semana desde que foi alvo da 4ª fase da Operação Quinta Coluna.

De acordo com o site Metrópoles, que teve acesso aos comprovantes de rendimento apresentados por ele junto à Receita Federal, o negócio teria rendido ao empresário, em três anos, ao menos R$ 5 milhões.

Mas esses valores declarados ao Fisco, conforme com o portal, podem ser apenas uma pequena parte do faturamento do esquema criminoso. Os recursos informados na declaração do Imposto de Renda seriam, pois, da possível lavagem de dinheiro.

Em 2019, o suspeito ostentava a imagem de empresário bem-sucedido. Nessa época ele fez investimento de R$ 1 milhão junto a uma construtora que estava com empreendimento em construção em Barra Grande, na Península de Maraú.

No papel de acionista, Marcos entregou aos sócios R$ 495 mil, em espécie. Ano passado, a incorporadora passou por uma crise financeira resultando no empréstimo de R$ 2 milhões feito pelo narcotraficante.

O empresário é apontado como um dos donos da droga encontrada na mala do sargento Manoel Silva Rodrigues, em 2019. Naquela ocasião, Rodrigues foi pego pela polícia espanhola carregando 37 kg de cocaína ao desembarcar em Sevilha em um avião de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


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