O nível de alerta para a possibilidade de um vulcão entrar em erupção e causar um tsunami que afetaria o Brasil, a Bahia e outras localidades foi elevado por autoridades espanholas. De acordo com reportagem do portal Uol, caso entre em erupção, o vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na costa do continente africano poderia provocar um tsunami que atingiria todas as Américas, com maior impacto sobre os litorais das regiões Norte e Nordeste.
A informação da elevação de nível do vulcão foi dada pelo portal MetSul Meteorologia e confirmada pela reportagem.
A matéria sinaliza que o vulcão está adormecido há décadas, mas nos últimos dias começou a dar sinais de atividade moderada.
“Ele não estava dando sinais de erupção, mas agora ele chegou a um segundo nível. São quatro níveis de alerta. Ele pode vir a ter uma erupção, mas não significa que essa erupção vai gerar um tsunami, mas é uma possibilidade, mesmo que mínima”, explicou o pesquisador do Instituto de Ciências do Mar da UFC (Universidade Federal do Ceará), Carlos Teixeira, à reportagem.
A hipótese de que um tsunami poderia ser causado pela erupção do Cumbre Vieja já foi confirmada em várias pesquisas sobre o tema, traz o Uol. “Existem diversos estudos já publicados sobre essa possibilidade de tsunami. É uma hipótese real, e ela aconteceria caso houvesse uma erupção explosiva”, conta Carlos Teixeira.
Ocorrendo uma erupçao explosiva, a onda de choque provocaria a formação de tsunamis que atingiriam todo o Atlântico, dos Estados Unidos ao sul do Brasil. As áreas mais atingidas seriam o Caribe, Golfo do México e Nordeste brasileiro, que experimentaria ondas de até cinco metros de altura. Um vídeo simula como seria a chegada das ondas ao litoral brasileiro. Veja:
Esse vulcão é considerado a chance mais real do Brasil ser atingido por um tsunami, explica o oceanógrafo Carlos Teixeira, professor da Universidade do Ceará (UFC).
“Após a erupção, as ondas chegariam ao litoral brasileiro em apenas seis horas. Por isso, a preparação para um tsunami precisa ser feita com bastante antecedência para dar tempo de evacuar toda a população. Se não, o banhista vai estar no Porto da Barra e será surpreendido pela onda gigante”, explica o professor.
Uma onda de 5 metros, por exemplo, seria capaz de alagar e destruir basicamente toda a Cidade Baixa. O Mercado Modelo ficaria quase submerso e apenas as áreas da Cidade Alta ou de morros, como Brotas, passariam ilesas.
BN
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