A ex-mulher do general Eduardo Pazuello, Andrea Barbosa, respondeu em rede social que não vai depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por medo de represália. Ela desmentiu a notícia publicada pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, no último fim de semana, de que a própria Andrea teria procurado integrantes da Comissão para se oferecer para depor.
Em resposta a uma seguida em rede social, Andrea diz que resolveu se separar “na chegada da carnificina” e que sempre foi “antigoverno”, mas que não procurou a Comissão. Segundo ela, seria um risco para a sua integridade e da sua filha. “Essa gente é perigosíssima”, disse.
Nesta segunda-feira (28), a jornalista Patrícia Lélis afirmou que conversou com Andrea por telefone e ela garantiu que não procurou ninguém.
“Muito me choca alguns jornalistas/políticos terem feito isso com ela, sem pensar em sua segurança”, escreveu a jornalista no Twitter.
Lélis compartilhou um print com uma resposta de Andrea a uma seguidora na rede social, que diz que ela já deveria estar separada de Pazuello há muito tempo, para não corroborar com a “carnificina”.
“Sempre fui antigovernista. Na chegada da carnificina e por tudo que sei, resolvi me desvencilhar de vez. Aos que dizem que sou mal amada, amargurada, traída e mal educada, só erra no mal educada. O terror e os abusos que sofri desse homem são da ordem do horror. Mas eu não procurei a CPI, foi ao contrário. Não colocaria a integridade física e moral da minha filha e da minha. Essa gente é perigosíssima”, respondeu a ex-esposa do terceiro ministro da Saúde desde o começo da pandemia.
Eduardo Pazuello está na mira da investigação sobre o contrato suspeito do Ministério da Saúde para a compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19. Na última semana, o técnico da pasta, Luís Ricardo Miranda, confirmou em depoimento à CPI que teria sido pressionado por superiores para agilizar a papelada para selar o contrato com a Bharat, com intermédio da Precisa Medicamentos.
Somente após de compartilhar a situação com o seu irmão, o deputado federal da base governista, Luís Miranda (DEM-DF), e levarem o caso para o presidente Jair Bolsonaro, foi que a nota fiscal da negociação foi reenviada com a correção de alguns pontos contestados pelo Ministério.
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