Polícia investiga se carta deixada em casa abandonada é de Lázaro

Uma carta localizada dentro de uma mochila abandonada em uma casa em Águas Lindas de Goiás foi entregue nesta sexta-feira (25) à polícia, que investiga se o texto foi escrito por Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, suspeito por uma chacina no Distrito Federal. As buscas por ele entram no 17º dia.

A carta estava em uma mochila que a moradora encontrou abandonada em sua casa. Dentro, havia roupas, cobertores e a carta.

A filha da mulher que achou a mochila disse ao Correio Braziliense que a mãe saiu da casa há cerca de duas semanas, mudando-se para outra residência em Águas Lindas por medo. “Ela visitou a casa (antiga) hoje e encontrou esses objetos. Ela acionou a polícia e agora eles estão lá para perícia. Mas a porta ele não arrombou”, diz ela, que prefere não se identificar.

A carta foi escrita em uma folha arrancada de caderno e tem alguns erros de português. No texto, a pessoa se identifica como sendo Lázaro e diz que não sabe escrever muito bem. “(Não) estou aqui para me justificar, pois nada justifica tamanha crueldade”, diz no início.

O texto conta que Lázaro nasceu no interior da Bahia, onde trabalhava “sofrido” por R$ 5 ao dia. Ele diz que o irmão foi morto aos 18 anos e que desde cedo se acostou com a “vida no mato”. “Eu aprendi a viver no mato, porque minha mãe vivia com nós no mato. Com 13 anos eu saí de casa e vim para o Goiás atrás de uma vida melhor” – vale destacar que Lázaro cometeu assassinato na Bahia quando tinha cerca de 19 anos. Ele matou dois homens em sua cidade natal, Barra do Mendes, nos que são considerados seus primeiros crimes.

Em 2009, Lázaro foi preso por roubo e estupro. Ficou detido até 2016, quando recebeu direito a progressão de regime e saiu no feriado de Páscoa, não retornando mais. O texto fala das vivências no presídio.

Histórico
Depois de ser preso por dois homicídios em Barra do Mendes, na Bahia, Lázaro foi preso em 2009, mas conseguiu fugir do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, em 2016. À época, não retornou da saída temporária de Páscoa. Em 2018, ele foi detido novamente, desta vez em Águas Lindas de Goiás, mas escapou da prisão poucos meses depois.

O homem que a polícia persegue é acusado de matar, a tiros e facadas, três pessoas na zona rural de Ceilândia. Os mortos eram Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, e os filhos Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15. O foragido também é apontado como responsável pelo sequestro da mulher de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos. O corpo dela foi encontrado no dia 12 à beira de um córrego, o mesmo do estupro de 2009. “Ela foi morta no começo e eu fui violentada quase no final do córrego”, contou ao Estadão a vítima do crime cometido há 12 anos. “Depois que a Cleonice morreu, fiquei bem abalada. Mexeu muito comigo.”


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