Após a instalação da CPI da Covid no Senado na terça-feira, 27, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a questionar a necessidade da criação da comissão que investigará ações e omissões do governo federal durante a pandemia.
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina como método de combate ao vírus, contestando estudos científicos que veem ineficácia no tratamento, e afirmou que governadores e prefeitos teriam desviado recursos dos repasses supostamente enviados.
“Essa CPI vai investigar o quê? Eu dei dinheiro para os caras. No total, foram mais de R$ 700 bilhões, auxílio emergencial no meio. Muitos roubaram dinheiro, desviaram. Agora, vem uma CPI para querer investigar conduta minha? Se ele foi favorável à cloroquina ou não. Pô, se eu tiver um novo vírus aí, eu vou vou tomar de novo, eu me safei em menos de 24 horas, assim como milhões de pessoas”, afirmou.
Acuado pela criação da comissão, que elegeu a maioria da oposição para seu quadro de membros, Bolsonaro tenta se aproximar do relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), através do senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado do Planalto e amigo pessoal de Renan.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro teria pedido que Nogueira agisse como um “mediador” para “arrefecer os ânimos de Renan em relação ao Planalto”.
A Tarde
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