O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que a pandemia está “chegando ao fim”, mesmo que os indicadores de vários estados do Brasil mostrem o contrário, como é caso da Bahia que, sábado (19), registrou 3.920 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas — número registrado durante o pico da doença no estado.
O chefe do executivo federal afirmou também questionou a “pressa” pela aprovação de uma vacina contra a covid-19. A declaração foi em entrevista gravada concedida ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e divulgada neste sábado.
“A pressa pela vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas. Não há guerra, não há politização da minha parte. Nós esperamos uma vacina segura. Parece que a Inglaterra começou a vacinar agora. Por que a gente tem que ser o primeiro?”, comentou.
“Aguarda um pouco mais, você mexe com a vida das pessoas. Alguns estão afoitos para tomar, eu entendo que o cara está preocupado, quer se imunizar. Mas às vezes um pouquinho mais de paciência… Acho que a prudência é importante neste momento. Governador, não estamos com pressa em gastar dinheiro, nossa presa é salvar vidas”, completou Bolsonaro.
Vacinação
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, projetou nesta quinta-feira (17) que o Brasil deve receber 24,7 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 no mês de janeiro. Segundo o chefe da pasta, outras 37,7 milhões de doses devem chegar ao país em fevereiro e 31 milhões em março.
A programação foi citada pelo ministro em sessão remota do Senado para debater os planos de vacinação do Brasil contra o novo coronavírus, e considera a produção de vacinas de três laboratórios: Astrazeneca, Instituto Butantan e Pfizer.
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