O governo da Bahia garantiu que o estado tem um plano de imunização contra a Covid-19 pronto para assim que uma vacina for regularizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou pelas agências internacionais como a Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
O Estado também anunciou a compra de 19,8 milhões de seringas e agulhas que serão usadas durante o plano da vacinação — especialistas alertam para uma possível falta desses insumos futuramente.
O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (9) pelo governador Rui Costa (PT), durante inauguração de uma Unidade Básica de Saúde (USB), na cidade de Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
“Temos a capacidade de organização e fizemos compras de seringas, estamos preparados para assim que tiver uma vacina aprovada. Vocês estão vendo vacinação em outros países, mas é em carácter emergencial, ou seja, a pessoa que toma vacina assina um termo se responsabilizando, consciente de que ainda não foi aprovada e que, em eventuais problemas, ela está assumindo isso. Não há como fazer isso no Brasil sem uma aprovação, não posso sair vacinando em massa sem a aprovação de uma órgão científico nacional o internacional”, comentou Rui.
O Reino Unido começou nesta terça-feira (8) a vacinar sua população contra a Covid-19 com a vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer e da empresa alemã de biotecnologia BioNTech, após a comprovação de eficácia na fase 3, a última antes da aprovação dos órgãos reguladores. No Brasil, os imunizantes ainda passam por testes. O governo Bolsonaro aposta em vacinas criadas pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os testes clínicos das duas não foram finalizados e nem foi aprovados pela Anvisa.
Mesmo com a vacina chinesa CoronaVac sendo testada na fase três, o governo de São Paulo disse nesta segunda-feira (7) que o plano de vacinação começa no dia 25 de janeiro de 2021. Rui comentou que não existe base legal para gestores estaduais estebelecerem um calendário de imunização, antes do aval da Anvisa. “A Procuradoria Geral do Estado não conhece nada que dê condições aos governadores de marcar vacinação sem aprovação. No limite, o que nós precisamos, é da aprovação de algum órgão, caso contrário, quem vai assumir essa responsabilidade? O governador?”, questionou.
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