Itagibá em tupi-guarani significa “pedra forte”. Mas, economicamente, a verdadeira força do município surgiu nos anos 2000, quando o Itagibá teve a maior jazida de niquel da América Latina descoberta sob seu abençoado solo.
No ano de 2007 a Mirabela começa o processo de instalação do Projeto Santa Rita, que está em atividades até hoje – 2020, tendo parado no ano de 2016, e retornado as atividades no ano de 2018.
Os Itagibenses acalentavam a esperança de que, com os beneficios que a mineradora traria para o município, os problemas de Itagibá, nas areas da saúde, social, saneamento, infra-estrutura e geração de emprego fossem amenizados. Até hoje a população espera ver essa promessa ser cumprida.
Segundo dados da Agência Nacional de Mineração, Sefaz e Compara Brasil, entre os anos de 2007 a 2016, o municipio teve uma arrecardação de mais de R$ 150 milhões de reais de impostos advindos da mineradora.
Basicamente, a pergunta que os moradores de Itagibá, dos distritos Japumirim, Tapiragi, Acaraci e zona rural fazem é: o que foi feito com todo esse dinheiro que Itagibá recebeu nesses nove anos?
O questionamento é de que os royalties adivindos da prospecção de níquel não se transformaram em obras e não houve também uma prestação de contas a respeito do que as duas gestões do município fizeram deste recurso milionário.
Enquanto isso, seguem os distritos com falta de obras básicas como calçamentos, escolas, creches e rede de esgoto. A sede também vive em dificuldade com projetos importantes à espera de recursos que possam viabiliza-los. Recursos que, pelo menos em tese, chegaram aos cofres públicos durante a bonanza do níquel.
O tema volta agora ao debate durante a pré campanha eleitoral e certamente será abordado pelos candidatos, repercutindo a uma cada vez maior inquietação do eleitorado.
Ipiaú Online
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