Cientistas da UFMG investigam se Brasil pode ter linhagem mais contagiosa da Covid-19

As mutações genéticas do novo coronavírus no Brasil são o objeto de estudo de um grupo de cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles trabalham com a hipótese de que o vírus que circula no país é mais contagioso do que o encontrado em outras regiões.

Renan Pedra, um dos pesquisadores do grupo, disse em entrevista à CNN nesta sexta-feira (21) que alguns aspectos incomuns já foram identificados no Brasil. “Nós ainda estamos em estudo e avaliando a posssibilidade de ter esta linhagem mais contagiosa. O que já descobrimos é que existem pessoas que se mantém completamente assintomáticas diante a infecção e, ao mesmo tempo, com cargas virais extremamente altas. Isso quebra um pouco da lógica que a gente tem para o vírus. Estamos tentando entender o que acontece com estas pessoas”, explica.

A alta de casos assintomáticos no país acende o alerta e preocupa a comunidade científica, de acordo com Pedra. Para ele, a testagem de pessoas sintomáticas não mostra o real status da doença, traz a reportagem.

“Existem diferenças entre os vírus dentro do Brasil e entre os demais países. A gente sabe que a maioria das pessoas infectadas pelo vírus no Brasil não manifestam sintomas ou manifestam pouco e isso é um grande problema para o controle do vírus. Portanto, estamos testando, exclusivamente, as pessoas que têm sintomas, o que é um ponto de atenção. Devemos testar mais a população”, sugeriu.

BN


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