Opinião Elson Andrade: Eleições 2018 e o submundo da política

Um vasto e excelente trabalho de levantamento e disponibilização de dados do custeio eleitoral, foi feito pelo portal da Transparência Brasil, que mapeou quais são as empreiteiras e bancos, que doaram as maiores quantias aos principais partidos nas últimas eleições, estaduais e federal de 2014, tanto aos cargos do
executivo quanto ao legislativo.

Os dados foram extraídos das prestações de contas oficiais que os candidatos e os partidos apresentaram à Justiça Eleitoral. Logo, não se trata de todo o somatório envolvido nas campanhas majoritárias.

Entre as construtoras, os partidos da esquerda foram quem recebeu as maiores doações. Já entre os bancos, o os partidos da centro-direita foram os que mais se beneficiaram em 2014. Ou seja, os financiadores apostaram nos 2 cavalos ao mesmo tempo:

Opção a) na esquerda pela economia real; e
Opção b) na centro-direita, no financeirismo e na jogatina cada vez mais triunfante no Brasil.
O que não der de um lado… certamente dará no outro. O povo está cercado! Se correr o bicho pega, se ficar…

Veja abaixo como as 5 maiores empreiteiras e os 5 maiores bancos distribuíram suas vultosas e inexplicáveis doações:

MAPA DA ORIGEM – DESTINO E AS RESPECTIVAS QUANTIAS INVESTIDAS EM CADA SEGMENTO

Ai você pergunta: – por que um banco de porte nacional, ou uma construtora de porte internacional, que lucram bilhões por ano, entram numa “roubada” dessas? A resposta é simples – por que a política é a mãe de todos os sistemas, artes e até mesmo religiões existentes no mundo. Tudo neste mundo terreno está relacionado e sob o comando da política, direta ou indiretamente, e tendo a mão visível ou invisível, comandando tudo que você possa imaginar ou não… Funcionando como a exemplo da Maçonaria, que tem seus degraus hierárquicos de penetração. Desde aqueles recém chegados, que não passam de calouros
adesistas e serviçais, (maçom-ostentação, gay-ostentação, direita-ostentação, esquerda-ostentação…) servindo aos demais senhores veteranos; até aqueles que tem o comando de setores ou regiões inteiras com poder de voto ou apenas de veto.

 

No caso dos bancos, é MUITO mais DIFÍCIL explicar de forma que todos entendam claramente, ESSENCIALMENTE, dados que é complexo e vago explicar para um peixe o que vem a ser água. (comparação dita pelo antropólogo Marshall Sahlins, professor emérito da Universidade de Chicago). Somos tão circundados pelo dinheiro, tão absorvidos por ele, tão dependentes dele que perdemos a noção do que é. Virou um mistério, um mito. Quando o dinheiro atinge os patamares das manchetes recentes dos telejornais, citados nos esquemas de corrupção, aí então o oceano transparecena imensidão dum atlântico… milhões, bilhões e por vezes já se fala em quatrilhões… cifras altíssimas circulando entre tubarões brancos, enquanto peixes pequenos e miúdos tentam entender, meio abobalhados, o tamanho desse estranho volume. É TÃO ININTELIGÍVEL COMO FALAR EM MOEDA SOCIAL EM IPIAÚ. Ou seja, para onde você olha, lá estará o dinheiro como meio líquido, seja pela falta ou pela abundância. Na verdade, muitos morrerão sem se quer entenderem onde nasce e para onde corre o dinheiro… ou até mesmo, filosoficamente falando – que aquário ou oceano, é este que estamos metidos até o pescoço.

Grosseiramente, um banco funciona, como se fosse um almoxarifado universal. Onde alguém que acabou de devolver uma máquina, em seguida você a retira e faz uso como se fosse sua. É uma espécie de compartilhamento “social” das disponibilidades produtivas impessoais (na verdade, tecnicamente não passa de
meios de liquidação). Para a maioria das pessoas, todo aquele arsenal pertence aos bancos, quando na verdade, tudo é do próprio povo. Prova disto, é quando um banco quebra, quem em verdade perde são os depositante e não necessariamente o banqueiro ou o governo. O banco é um cobrador de aluguel do alheio, na prática do denominado Spread bancário. Se um banco quiser travar a produção duma comunidade, é só aumentar o preço do aluguel do dinheiro… (juros altos como os atuais). Ai você pergunta – ora, se eles ganham alugando o dinheiro, porque dificultar o acesso à esta importante ferramenta de produção então? Simples, meu caro Watson… é que neste caso concreto ele estará apostado na outra ponta, ganhando mais e sem esforço, comoa elevação dos bens não produzido, por exemplo. Dai, quem entra em campo para criar a segurança jurídica ou até mesmo a despistar os olhares, são os serviços da política, da mídia, das ideologias… Logo, as instancias e instituições servem a máquina de triturar bananas e apaixonados-tontos em benefício dos que conseguem de fato enxergar o “obvio” nestas salas tão escuras e dissimuladas como as dos nossos tempos.

Para aqueles que queiram ter acesso ao trabalho do levantamento e disponibilização de dados, feito pelo portal Transparência Brasil, e só acessá-lo via http://www.asclaras.org.br/arvores/arvores.php. Atenção! Ao acessar, perceba que você estará diante de um software. Analise e escolhas com calma as opções de visualização de cada aba-opção das origens e destinos das doações. Veja com parcimônia e respeito ao árduo trabalho, ali disponibilizado. Tire suas conclusões e passe a observar o jogo em tela, no nosso cenário político- econômico do dia a dia da puto-política nacional.

Para os mais astutos, sugiro assistirem ao vídeo abaixo:
Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando Instituto de Economia da Unicamp.


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